quinta-feira, 22 de setembro de 2011

SPFC x Corinthians: Rivalidade ou guerra , há limites na paixão no futebol?

Rivalidade, no dicionário é definida como “Concorrência de pessoas (grupos) que pretendem a mesma coisa: rivalidades políticas e religiosas. Emulação; concorrência, competição: existe uma velha rivalidade entre ambos. Ciúme.”
No futebol o termo rivalidade é a definição literal do termo. Pois todos querem a mesma coisa, ou seja, vencer, sempre existira o sentimento superar o rival, ou na pior das hipóteses se igualarem a tal, sempre serão concorrentes em qualquer coisa, seja em títulos em qualquer torneio (vale até o torneio de truco de condomínio), que o sentimento será o mesmo.
Sempre existiram períodos em que um rival, estará em vantagem sobre o outro, é fato, ira acontecer, quer o torcedor queira ou não, no entanto quando isto ocorre, a ciumeira (inveja) será inevitável, mas neste ponto que surge algo incrível, a superação, uma junção de sentimentos com o objetivo de buscar de forças para superar o improvável*, e é isto que torna este esporte tão apaixonante, pois ele é imprevisível. (*vamos deixar uma coisa bem clara, no futebol não há espaço para o termo impossível).
Mas a rivalidade, para a sua manutenção sempre ponderou o respeito mutuo e a admiração pelo adversário, mesmo que nenhum dos lados admitam, bom foi assim que me foi ensinado a apreciar o futebol e até hoje me vejo um apaixonado por tal esporte.
Mas nem tudo são flores, neste esporte, pois nos torcedores, assim como qualquer apaixonado, somos passionais e em determinadas ocasiões, nos deixados tomar pela emoção e neste exato momento realizamos “besteiras”, ofendemos e ou agredimos nossa paixão ou então o rival. Sabendo disto pessoas “muito bem intencionadas”, motivadas por interesses egoístas, dão um jeito de inflar estes sentimentos negativos, acarretando nas já conhecidas, conflito entre torcidas rivais, ou então da torcida para com o seu próprio clube, o que denigre o esporte das massas.
 Neste ponto chego a outro ponto a guerra, que em seu significado literal significa “luta armada entre nações ou entre partidos do mesmo povo. Guerra aberta, hostilidade declarada, constante.” Bom devidos aos fatos ocorridos atualmente, não há mais rivalidade no futebol, e sim uma guerra, pois a cartolagem através de politicagem e do bom uso da mídia, deixam bem clara a hostilidade entre clubes, sua declarações geralmente debochadas ganham as ruas, criando uma tensão entre os torcedores, e tem mais, nos bastidores de seu próprio clube, para obter mais poderes, compactuam na criação de facções rivais dentro da própria torcida, apenas para tumultuar o ambiente, e sai diretoria, entra diretoria, o ciclo se mantém e devido aos lucros que o futebol brasileiro atualmente apresenta, tão cedo acabara.

Bom aonde SPFC e Corinthians entra nisto tudo? Entra no ponto aonde a rivalidade deixa de existir e a guerra é declarada, como todos sabem a grande rivalidade histórica em SP é entre Corinthians e Palmeiras, no entanto nos últimos anos devido a grande expansão da mídia, baixo nível cultural da população e a insaciável gana da TV em obter lucro a qualquer custo, criaram um ambiente de hostilidade entre corintianos e são-paulinos, pois os infame cartolas Marco Aurélio Cunha pelo lado SPFC e Roberto Citadini pelo Corinthians, através de programas esportivos de qualidade duvidosa mas extremamente populares, faziam uso de termos jocosos e piadas de baixo calão para se dirigir para com o rival, logo tais piadas tomaram as ruas e o torcedor incorporou consigo este clima, que até hoje é minado por suas diretorias aonde o senhores presidentes Andrés Sanches e Juvenal Juvêncio, travam uma guerra política sem ética e precedentes para descobrir quem possui mais poder, fazendo uso de sabotagem mutua para a manutenção desta disputa política.

Para o desprazer deste torcedor quando estas equipes se enfrentam em campo, devido a este ambiente hostilidade criada por cartolas extremamente interessados em lucros e se lixando com a paixão de seus torcedores, paixão da qual faz o cidadão de bem, neste momento a ver o outro torcedor como o seu inimigo mortal, neste momento acaba o respeito, o que existe agora é ódio, e quando chega neste ponto A GUERRA ESTA DECLARADA. E nesta guerra eu não me alistei.   

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Como se fabricar anjos

[Nota do Magrello:Há tempos reflito sobre o atual modo de vida, que nos foi imposto pela sociedade, esta transformando (transformou) esta geração em alienados, mas sempre há aqueles que se opõem a esta realidade, que o diga o WikiLeaks e o grupo Anonymous, que há algum tempo anda assombrando as grandes corporações e governos ao tentar abrir os olhos da população alienada.
O texto abaixo foi retirado do site nerdsomosnozes, mas vai de encontro ao que a tempo, ando pensando.
Abaixo será postado um video com a convocação para a guerra do Anonymous contra a atual e enfadonha sociedade. ]
Autor: Kallyandra (pseudônimo)
A evolução da tecnologia e do mercado consumidor começou-se a transformar a cultura em mercadoria, aos poucos deixa de ser construída pelas pessoas e passa a ser fabricada para ser consumível. “Esse é o quadro caracterizador da Indústria Cultural: revolução industrial, capitalismo liberal, economia de mercado, sociedade de consumo.” (Coelho, 1993, p.07)
O que está acontecendo é que a Indústria Cultural está transformando tudo em comércio, inclusive nossa vontade, estamos em um Admirável Mundo Novo, estão substituindo leitura por pequenas frases de 140 caracteres, estamos acomodados, sentados na frente do computador esperando por diversão, pela satisfação de nossos sentidos, não pensamos mais porque esperamos que outros o façam por nós.
Não quero um mundo de fantasia, onde não posso questionar a realidade que vivemos em que os mecanismos de dominação estão presentes até no ato de respirar, não vou aceitar vivermos em um mundo onde temos que seguir padrões impostos por uma elite para saciar as corporações e sistemas políticos para poucos lucrarem e muitos obedecerem.
A Indústria Cultural tem ares de grandes revelações e de agradável peça de arte. Atrai, conquista, adultera, emburrece, anestesia, destrói — mas, numa atmosfera psicológica de algo que faz bem, eleva. Como dizia Adolf Hitler; “nunca fomos tão bem informados!”; hoje ouvimos dizer “nunca fomos tão autônomos!”. A informação vazia e a arte vulgarizada são instrumentos da seminformação vencedora. Lá, era deixar de sentir; agora, é ter a ilusão de sentir. (Ramos, 2008, p.133)
Estamos sendo arrebanhados por uma mídia que dizem como devemos pensar, que filmes assistir e de preferência não ler, desde nos primeiro anos de vida somos arrebanhados em escolas que são responsáveis em adestrar-nos com o conteúdo inútil, matérias sistematizadas, não há espaço para o questionamento.
Os meios de comunicações celebram a mediocridade, a aparência é celebrada e a burrice comemorada, se cultua pessoas vazias que são apenas pedaços de carne, fruta ou outra coisa que pode ser comida e não serve para mais nada, homens estão deixando de serem homens e mulheres de serem mulheres e estão virando Anjos.
Sua violação do tabu representou, antes de tudo, uma rigorosa obediência às leis do mercado [...] quando aquilo que impressiona é considerado bom, porque se torna necessário para a sobrevivência, então o que é impressionável não pode ser ruim. Dessa forma, o bem e o mal se transformam em categorias estéticas; e o estético, se transforma no ontológico, na possibilidade de ser ou não ser. (Türke apud Zuin, 2008, p.60)
Os anjos são criaturas cuja a única função é servir a deus, não têm livre arbítrio, não têm liberdade, é uma raça de escravos felizes por serem assim. O mundo atual está fazendo isso conosco, estamos virando escravos e gostamos disso, pois vamos apenas aparentar ser algo e não ser de verdade, estamos vivendo na felicidade da ignorância.
As agressões são constantemente apresentadas e são consideradas boas, afinal tenho que vestir 38 de qualquer maneira, aparecer em BBB, ouvir a música que dizem que temos que ouvir, não podemos fugir do padrão. As imposições sociais nos agridem no âmbito pessoal e moral. Na permissividade da violência, na quebra do material e imaterial causado por terceiros.
Por causa disso reagimos tão agressivamente quanto à agressão que estamos sofrendo, a sociedade impulsiona o consumo de bens materiais e imateriais em exagero, justamente por não saber revidar é que esta reação torna-se agressiva com atos caóticos que atingem a sociedade como um todo.
Milhões e milhões de pessoas, aterrorizadas de tédio e apreciando um ócio que elas não podem preencher por si mesmas, estão suplicando por distração, implorando para ser livradas de sua própria e intolerável companhia, ansiando para que lhes sejam dados substitutos para o pensamento. (Huxley apud Almeida, 2008, p.142)
É neste instante em que as pessoas necessitam preencher o vazio que é ditado pela Indústria Cultural que trabalha com todas as suas armas para conquistar os consumidores e a mercadoria é o modo de vida, a felicidade e de ter todos os desejos realizados, mas não avisam “que conseguir o que se deseja e ser feliz são coisas totalmente diferentes” (Gaiman, 2006, p.44).
O mecanismo de reprodução da vida, de sua dominação e aniquilação, é imediatamente o mesmo, e em conformidade com ele a indústria, o estado e a propaganda se amalgamam. Aquele antigo exagero dos liberais cépticos, de que a guerra é um negócio, tornou-se realidade: o poder estatal renunciou a própria aparência de independência em relação aos interesses particulares do lucro, pondo-se agora não só de fato a serviço destes, o que sempre fez – mas também ideologicamente. (Adorno, 1993, p.45)
É o que é repassado pelos meios de comunicação em massa são “mulheres perfeitas” sem celulite, estrias, muitas vezes utilizam o corpo para aparecer, rebolam nas frentes das câmeras, os homens são jogadores de futebol, altos, bonitos, mas pela fala percebemos que apenas aparentam ser e nada mais do que isso, não falam sobre estudar ou sobre terem outras possibilidades de viver, vendem a aparência e nada mais do que isso.
A educação é jogada no lixo, ensinam que devemos trabalhar para trocar minha TV nova de 42 polegadas por outra de 50 polegadas, tudo parcelado no cartão de crédito, comprar um carro novo, achar o parceiro ideal, em uma “balada” de preferência e sempre vai ser a primeira vista, casar, ter minha casa parcelada em 30 anos pela caixa econômica, ter filhos, reclamar da falta de perspectiva e futilidade dos filhos, trair e ser traído pelo parceiro, se divorciar, casar de novo, afinal achar a alma gêmea é o objetivo final e morrer infeliz pela vida de aparência que teve.
Não somos educados a questionar e muito menos a sermos felizes. Esquecem que nossa felicidade depende das decisões que tomamos, que felicidade é diferente de satisfação. Satisfação é temporária, é o que sentimos após comermos e nossa sociedade quer nos dar apenas isso: satisfação.
Como já dissemos a satisfação desencantada não pode ultrapassar o plano da aparência e da forma e, assim imediata, só pode dar-se no âmbito reduzido dos órgãos dos sentidos. [...] anestesiados pela imagem e pelo som, somos capazes de comer pacotes inteiros de porcarias sem perceber. São estímulos e gestos ritualizados e fragmentados de satisfação instantânea. (Ramos, 2003, p.92).
As sociedades, sendo administradas pela Indústria Cultural, fabricam as comunidades, por isso as sociedades parecem semelhantes, não importa o lugar, todos os lugares parecem os mesmos; o comportamento perante a sociedade, as calças jeans, os paletós, as leis, e várias outras características que em vez de individualizar o homem acaba por torná-lo igual, obediente, calado e feliz por sua posição, assim como os anjos, sendo que quando nos revoltamos somos mandados ao inferno.
O que esse discurso enfadonho tem haver com o discurso do Anonymous?
Absolutamente tudo.
Porém minha função não é dá respostas, mas levantar questionamentos.
E a minha grande pergunta é:
“Você é um Anjo Fabricado?”



Referências
Adorno, Theodor W.; Minimas Moralis: Reflexões a Partir da Vida Danificada, Tradução: Luiz Eduardo Bicca, Editora Ática, São Paulo-SP, 1993. Série: Temas Volume 30; Estudos Filosóficos.
Almeida, Jorge;. Theodor Adorno Leitor Aldous Huxley: Tempo Livre in Durão, Fábio Akcelrud; Zuin, Antônio; Vaz, Alexandre Fernandez (org.); A Indústria Cultural Hoje, Editora Boitempo, 2008.
Coelho, Teixera; O que é Indústria Cultural, 35ª Edição, Editora Brasiliense, 1993 (Coleção Primeiros Passos Volume 08)
Gaiman, Neil; SANDMAN: Noites sem Fim; Traduzido por: Daniel Pellizzari, São Paulo-SP, Editora CONRAD do Brasil 2006
Ramos, Conrado; Indústria Cultural, Consumismo e a Dinâmica das Satisfações no Mundo Administrado in Durão, Fábio Akcelrud; Zuin, Antônio; Vaz, Alexandre Fernandez (org.); A Indústria Cultural Hoje, Editora Boitempo, 2008.
Zuin, Antônio; Morte em Vídeo: Necrocam e a Indústria Cultural Hoje in Durão, Fábio Akcelrud; Zuin, Antônio; Vaz, Alexandre Fernandez (org.); A Indústria Cultural Hoje, Editora Boitempo, 2008.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Por que ter orgulho de ser nerd?


Abaixo você irá ler o excelente texto do Bugman dos melhores do mundo sobre essa baboseira do dia da Toalha e do orgulho Nerd, ETC:

Hoje, é o dia da toalha ou do Orgulho Nerd! Além das dispensáveis fotos do Raphael Fernandes com roupa de banho, a gente ouve um questionamento que está sempre no twitter mais próximo de você: afinal, se o termo "nerd" ficou mais amplo pra quê se orgulhar disso? 
Rola um certo #mimimi típico de nós, nerds. Até a década de 90 nerds eram os caras que não curtiam esportes, não tinham times de futebol e tomavam porrada de quem era atleta. Certo? Mais ou menos.
Claro, boa parte dos nerds não era atleta (muito embora o Change sempre fosse escolhido primeiro nas aulas de vôlei com o time feminino do Instituto Guanabara. Para jogar de levantador) e sofreu bullying na escola. Mas a sociedade muda, o tempo passa e bancos fecham. Com o tempo, os estereótipos ficam para trás. É fácil ser taxado quando você é uma criança/pré-adolescente. A influência dos outros sobre a gente é maior - nem que seja pra sermos do contra. A idade vai tornando nossos gostos mais fortes, assim como nossa personalidade.
E é por aí que começa o motivo para o orgulho nerd.
Porque os nerds somos pessoas que se identificaram com a bandeira de séries/filmes/livros e afins. O dia do orgulho nerd não comemora a banalização do termo. A gente celebra o dia em que gritamos: "curto super-heróis/mangá/nerdices e tenho orgulho disso". Pouco importa.

Pode ser que hoje em dia a gente considere o termo banalizado com qualquer leitor de Crepúsculo sendo taxado de nerd (apesar disso, Change, o ícone nerd da geração Y, foi o modelo para definir o visual do gênero em 2011 pelo G1), mas e daí? Será que essa tribo cultural virou religião pra ter iniciados e infiéis? Se sentir desconfortável com tanta gente sendo chamada de nerd é como reclamar de não haver apenas beatlemaníacos em um show do Paul McCartney: você pode até ter alguma razão, mas quem se importa (Eu sei, o Change se importa, mas não mudem de assunto!)?
Afinal de contas, todos temos orgulho de ser nerd. Inclusive o penúltimo a ser escolhido em times de futsal (presente), o vascaíno do blog, um ex-bullie, um ex-goleiro de Handebol e vários nerds que fundaram este blog. Mesmo que a gente nem sempre apareça por aqui, todos temos algo que nos une.
E é isso que importa, certo?
Bugman não sabia nem sacar no vôlei

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A culpa é de quem?


O massacre de alunos em instituições de ensino, que geralmente somente ocorria em outros países, finalmente ocorreu em terras tupiniquins, e de tanto a imprensa/sociedade rotular o sujeito que realizou tais atos como monstro, covarde, entre outros adjetivos, deveria sim, se responsabilizar pela criação do grave desvio de conduta deste rapaz, isto mesmo a sociedade criou este sociopata.
Não rotularei o sujeito como um psicopata como a imprensa não se cansa de rotulá-lo, pois não condiz com o perfil das pessoas que realizam tais atos. Pois um psicopata é um sujeito com um distúrbio mental grave caracterizado por um desvio de caráter, ausência de sentimentos genuínos, frieza, insensibilidade aos sentimentos alheios, manipulação, egocentrismo, falta de remorso e culpa para atos cruéis e inflexibilidade com castigos e punições, ou seja, o cara já nasce ruim e possui um comportamento adverso deste cedo.
O mais adequado é classificá-lo como um sociopata, os sociopatas são caracterizados pelo comportamento impulsivo, desprezo por normas sociais, e indiferença aos direitos e sentimentos dos outros. Não raramente os sociopatas têm um comportamento agressivo e indiferente que varia de caloroso para frio ou cruel dependendo de como quiser manipular, donos de uma inteligência acima da média e possui uma variedade grande de talentos, a maioria dessas pessoas tem uma família desestruturada ou tiveram uma infância difícil, e quando atingem o fim da adolescência ou início da fase adulta, utilizam comportamento violento como meio de se "vingar" do passado, inconscientemente.
Erik e Dilan os assassinos de Columbine
Pois assim como o ocorrido no caso do Rio de Janeiro e os casos nos Estados Unidos (veja os casos ocorridos em Columbine e na Universidade Virgínia Tech), os assassinos tinham algo em comum sofreram Bullying nas instituições na qual realizaram os assassinatos. 
Em todos os casos analisados, precede a ocorrência de uma violência específica presente em todas as escolas: o Bullying, que tem como definição o conjunto de atitudes agressivas, repetidas e sem razão aparente que causam sofrimento. Estamos falando do isolamento intencional, dos apelidos inconvenientes, da amplificação dos defeitos estéticos, do amedrontamento, das gozações que magoam e constrangem, chegando à extorsão de bens pessoais, imposição física para obter vantagens, passando pelo racismo e pela homofobia, sendo “culpa” dos alvos das agressões, geralmente, o simples fato de serem “diferentes”, fugirem dos padrões comuns à turma.
Cho Seung-Hui, 23, matou 30 pessoas em Virginia Tech

Os alvos dessa violência velada sofrem caladas e de forma contínua, tornando sua vida escolar um martírio. As chagas abertas na alma desses meninos e meninas dificilmente cicatrizam.
Ganham a pecha de “estranhos”, neles é colocado a culpa do isolamento, não incomum vestem-se de forma a mostrar sua degradação psicológica. Em geral, os adultos – pais, professores e direção – não reconhecem ou não valorizam da devida forma essas agressões contínuas.
No Brasil, com as exceções citadas, a válvula de escape da vitimização extrema é a evasão escolar. Nos Estados Unidos, reunindo-se o sofrimento da vítima com uma sociedade de alta competição e extremamente belicista, o homicídio seguido do suicídio é visto como a solução vingativa para quem não vê mais razão em viver. Matam indiscriminadamente: os seus agressores e aqueles que não intervieram para que seu sofrimento cessasse.
Não se trata de justificar o injustificável, nem defender o criminoso. Mas qualquer análise desses crimes sem este prisma, sem analisar a contribuição que a comunidade escolar deu para que esses fatos ocorressem, será uma análise absolutamente afastada da realidade e pouco contribuirá para a busca de soluções.
Fontes: Mário Felizardo, Jornal Zero Hora do dia 20/04/2007.

Eu já relatei em outro post que a sociedade atual esta criando uma geração de perturbados mentais, pois a pressão gerada na obtenção de sucesso profissional/financeiro, do qual a simples possibilidade de fracasso leva as pessoas de certo modo à loucura, e para combater esta “paranóia” a grande maioria busca refugio  (fuga desta realidade) no álcool, em medicações e nas drogas.
O problema é muito maior do que o noticiado na mídia, pois em ambientes sociais como as instituições de ensino, no período da infância e adolescência no qual é formado o caráter e a personalidade da pessoa, sofrer bullying neste período afetara e muito a vida inteira destas pessoas.  
Por ter sentido na pele a maldade da qual crianças (adolescentes) podem ocasionar na outras, apenas pelo fato de ser diferente (era muito magro, tinha problemas de dicção e timidez) sei o que o isolamento pode ocasionar na pessoa.
Sempre buscamos amizades para poder ao menos suprir a necessidade de querer expressar os seus problemas, suas dificuldade, seus desejos, no entanto quando tal “confidencia” é realizada e o suposto amigo acaba usado estas informações para lhe agredir moralmente, a tendência e que você se isole cada vez mais e desconfie de todos. Isolei-me, do pessoal da escola e de minha família (sim, tinha parentes que conseguiram realizar a façanha de piorar minha situação), passei a ter um comportamento de indiferença para aqueles da qual não tinha simpatia. Tive a sorte de realizar o segundo grau longe de parentes e das pessoas que atormentaram no primeiro grau, não que o segundo grau tinha sido diferente, tinha sim, uns idiotas que me perseguiam, no entanto tive a possibilidade de participar de alguns grupos sociais. Mas ainda tinha aquele comportamento de indiferença às pessoas de fora de meu grupo social e até hoje mesmo sabendo que é isto somente me prejudica, inconscientemente ainda me comporto desta forma. 
Esta conduta me gerou graves problemas de relacionamento, sejam eles no âmbito profissional, social ou amoroso, para ser ter uma dimensão do problema, o simples ato de falar bom dia, boa tarde ou boa noite, cordialidade tão corriqueira para maioria das pessoas, eu o vejo como um exercício de superação diária.
Como relatado até hoje sofro com os problemas ocorridos na minha infância e adolescência, mas, no entanto, o fato de possuir poucos amigos e de ter uma família (mesmo que turbulenta) que me apresentou valores sejam eles sociais ou religiosos, da qual levo comigo até hoje, e mais importante, de que ainda estão presentes em minha vida, me tornou uma pessoa que somente faz mal para si própria. Vai ver foi isso que faltou aos rapazes que cometeram tais atos brutais, e que a sociedade de forma hipócrita adora rotular-los como monstros e acha inaceitável e não entendem tais ato.
Mas será que esta mesma sociedade procurar saber como seus filhos são tratados nas instituições de ensino? procuram dialogar com seus filhos? apresentam valores dignos para formar um cidadão de bem? ou apenas cobram boas notas ou então apenas o diploma, ou nem isso, cuidado sociedade pois o próximo assassino pode estar sendo formado dentro de sua própria casa.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Adriano, mais um para o bando de loucos?

Adriano Leite Ribeiro conhecido pela alcunha de O Imperador, como anunciado pela imprensa esportiva fechou com o Corinthians até dezembro de 2012, bom a pergunta que não quer se calar, é uma boa contratação? Bom para isso devemos analisar alguns fatores.
Primeiro que o Imperador é um jogador diferenciado, que pode a qualquer momento definir uma partida, isto ninguém se discute, no entanto o cidadão joga no dia que der na telha, desmotivado a trabalhar, fracassa como foi nos casos de Roma e Inter de Milão, no entanto motivado, não tem para ninguém o cara arrebenta como acontecido no inicio de sua passagem na Inter e no Flamengo em 2009.

Motivar este atleta deve ser o problema do Corinthians, pois em 2009, Adriano era mimado pela diretoria e comissão técnica do Flamengo, fazia bobagens e a liderança rubro negra batia palmas, no entanto tal atitude deu resultado o clube carioca voltou a ser campeão carioca após longos 17 anos, apesar de que este titulo se deve mais pelo fato do elenco do Flamengo ter aceitado as papagaiadas do Imperador numa boa e não ter entrando em uma guerra de egos, que é muito comum no futebol.
Nos clubes no qual foi cobrado (alias como todo atleta é) seu rendimento foi mediano, como no caso da passagem do atleta no clube do jardim Leonor ou pífia como a recente passagem pelo Roma, no Corinthians a principal vantagem deve ser a de que Ronaldo Fenômeno amigo pessoal (e agora empresario) de Adriano, sempre estará próximo, pois o Fenômeno que mesmo apesar das polemicas sempre foi um atleta agregador e um exemplo a ser seguido.
Segundo fator, o time hoje necessita de jogador com as características do Imperador? Bom hoje o Corinthians possui um ataque leve e imprevisível formado por Liedson (em ótima fase) e Dentinho, apoiado por Jorge Henrique e Morais, com a entrada de Adriano pode quebrar este esquema que se mostrou deveras eficiente, mas se pensarmos bem que hoje o que vale é força do conjunto, Tite pode montar, um time extremamente eficiente com Adriano e assim pode montar inúmeras variações táticas para enfrentar qualquer adversário.
Fator financeiro, Adriano é um atleta midiático seja para o bem ou para o mal, e no Corinthians que atualmente faz uso de gigantescas campanhas de marketing, esta junção deve atrair cada vez mais dinheiro (veja o exemplo de Ronaldo) mas, para dar certo o atleta deve corresponder isto em campo, do contrario será dinheiro jogado pelo ralo. Para tanto o contrato de Adriano terá cláusulas para proteger o Corinthians, caso o Imperador volte a ter problemas fora de campo (atrasos e faltas a treinos), que se tornaram recorrentes nos últimos anos. O contrato, inclusive, poderá ser anulado automaticamente, sem custos para o clube, caso o Imperador seja reincidente em confusões fora dos gramados.
        Bom se Adriano ira ter sucesso ou não no Corinthians, somente o tempo dirá, mas adianto que se o atleta botar na cabeça que se fracassar no timão, sua carreira praticamente acaba, e que se sair vitorioso será tratado como um herói, tenho certeza que o Imperador passara por cima de tudo e todos.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Morre ex-baixista do Alice in Chains


Entra ano e sai ano, sempre aparece a noticia de falecimento de um rock star (ou pseudo rock star) por circunstancias estranhas, na maioria das vezes devido aos excessos com drogas, ontem foi declarado morto o ex-baixista do Alice in Chains, Mike Starr.  

Fonte: Wiplash

Mike Starr (nome de batismo: Michael Christopher Starr), 44 anos, foi declarado morto hoje, terça-feira 8 de março. Mike, nascido no Havai, foi baixista da formação clássica do ALICE IN CHAINS, participando da banda de 1987 a 1993, quando contribuiu para os clássicos discos ‘Facelift’, ‘Sap’ e ‘Dirt’.
O envolvimento alarmante de Starr com as drogas – algo que amaldiçoou a trajetória do ALICE IN CHAINS, que perdeu o vocalista Layne Stanley para o vício em heroína – impediu-o de continuar sua promissora trajetória. Em 2001, ele lançou uma autobiografia, Unchained: The Story Of Mike Starr And His Rise And Fall In Alice In Chains.
Starr apareceu na terceira temporada de ‘Celebrity Rehab’ em 2009 – e foi preso mês passado por posse de substância controlada. Os policiais de Salt Lake City disseram que ele tinha 6 comprimidos de Xanax e 6 analgésicos Opana quando foi detido.
O pai de Mike descreve o fato como “um terrível choque e tragédia”
Mais detalhes por vir.

terça-feira, 8 de março de 2011

8 de março - Dia Internacional da Mulher


Dia 08 de março de 2011, mais uma vez celebramos o dia internacional da mulher, data esta marcada pela luta das mesmas por igualdade de oportunidade e acima de tudo “respeito”, afinal a sociedade apenas as viam como simples reprodutoras, isto mesmo a existência feminina resumia-se a reproduzir e cuidar das crias até a idade adulta, para se ter uma idéia do tamanho do descaso, elas não escolhiam seus parceiros, pelo contrario as famílias eram que faziam estas escolhas por elas, e não para por ai, as que fossem mais prendadas eram as mais valorizadas, isto mesmo caro internauta, elas tinha o mesmo tratamento de animais em leilão, ai você se pergunta e o amor Cleber onde fica? Pois sem amor não existe família!
Bom o como diziam as mães daquela época, este sentimento vem com o tempo, com a convivência, (sei!) bom vou ressaltar qual é o sentimento masculino com relação à família neste período, é o de posse, isto mesmo posse, a família tinha a mesma importância (ou menos importância) que os bens materiais ou um animal de estimação, se bem que até hoje se encontram pessoas com este mesmo raciocínio.

Partindo deste ponto de vista, a mulher jamais deveria trabalhar, pois o seu papel é de cuidar da casa, dos filhos e do bem estar do homen, mas com a evolução e eventualmente as crises econômicas eram necessárias a mão de obra feminina, pois seu custo era inferior aos dos homens, gerando mais lucros, alem disso eram submissas a qualquer desmando dos empregadores, pois a sociedade as via como inferiores, a realidade das trabalhadoras era a seguinte, tinha uma carga horária de 16 horas, em área insalubre, recebiam 1/3 da remuneração dos homens que exerciam a mesma atividade e sofriam tratamentos indignos no local de trabalho (assedio moral e sexual é visto hoje como inaceitável, imagine então o que ocorria naquela época).
Como sabemos para tudo há os seus limites, a submissão feminina uma hora iria dar lugar a revolta, tanto é que em 1857 operárias de uma fábrica de tecidos, situada em Nova Iorque (EUA), fizeram uma grande greve, ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, a manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano, era 8 de março e esta data ficou marcada como o dia da luta feminina por igualdade de oportunidades.
Mesmo muitos anos depois deste acontecimento, e após a revolução feminista, da qual as mulheres tomaram a frente das famílias, se destacam no mercado de trabalho, nos meios acadêmicos e esportivos, são independentes e valorizadas. Mesmo assim ainda suas remunerações são inferiores aos dos homens em alguns cargos chaves, há ainda vestígios de submissão, em algumas culturas ainda existe a idéia da mulher apenas para fins de procriação ou de apenas proporcionar alguns momentos de prazer masculino, portanto a luta de igualdades ainda é árdua.
Ah mulheres, por ironia em 2011 sua data de celebração cai justamente no Carnaval, e como tudo aqui no Brasil fica em segundo plano nesta data, fatalmente tal data passara despercebida. Bom desejo aqui a todas as mulheres, estes seres indecifráveis, que nos deixam loucos, mas que não conseguimos viver sem o seu convívio, sem o seu calor, seu amor e acima de tudo sua companhia, que celebre esta data e honre aquelas mulheres que morreram lutando por igualdade, respeito e dignidade.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Cinema: Cisne Negro



A dualidade da psique humana a tempos objeto de estudo do comportamento humano, dos quais afirmam que todos temos um lado bom e outro ruim, Aristóteles de forma simplista os definiu como preto e branco, no Oriente é vista  como Yin e Yang, que diz que forças opostas se complementam e equilibram… as trevas não existem sem a luz e vice-versa, na Psicologia tal dualidade contrastadas à estímulos externos, podem nos tornar um serial killer ou então um benfeitor, ou seja estes lado estão sempre em conflito em nossa psique.  
O filme Cisne Negro (Black Swan, 2010) demonstra de forma bem sutil este conflito psicológico em um universo onde beleza e perfeição caminham juntos, o balé, dirigido magistralmente por Darren Aronofsky, o mesmo dos excelentes Pi (1998), Réquiem para um Sonho (Requiem for a Dream, 2000), Fonte da Vida (The Fountain, 2006) e O Lutador (The Wrestler, 2008).
Cisne Negro conta a historia de Nina Sayers (Natalie Portman), uma bailarina tecnicamente perfeita que consegue o papel principal numa versão do balé O Lago dos Cisnes, coreografada por uma companhia de Nova York. Ela é adorável, frágil, meiga, e por isso mesmo perfeita para o papel principal. Mas seu excesso de técnica deixa sua interpretação do Cisne Negro - a gêmea má do Cisne Branco - um tanto quanto truncada, sem personalidade, (...) Você é perfeita, mas sua dança é mais fria que uma geladeira (...), chega a dizer para ela Thomas Leroy (o ótimo Vincent Cassel), o coreógrafo da companhia de balé. O filme é basicamente o processo de desconstrução dessa perfeição. E para complicar as coisas, surge Lily, uma bailarina justamente com o perfil extrovertido que Thomas deseja, e desprovida de qualquer tipo de milimetrismo técnico. Ela age sobre Nina como uma flutuação magnética age sobre uma pilha de pregos enfileirados, desestabilizando tudo, prestes a mandar o equilíbrio dela pro chão.
Mas as ações das duas vão se fundindo, Nina aos poucos vai perdendo o senso de realidade, tem constantes alucinações, aparece com ferimentos misteriosos, vê a si mesmo em espelhos, ao mesmo tempo que sua obsessão pelo papel alcança níveis estratosféricos. Essa constante dualidade entre as duas - Lily é real? É fruto da mente de Nina? - é uma das molas-mestra do filme, assim como os delírios psicológicos e seu modo de tentar destruir seu excesso de técnica mecanizada.
  O filme é um thriller psicótico, que prende a sua atenção do inicio ao fim da película, em alguns momentos é perturbador, acompanhar angustiante rotina de Nina com a pressão de interpretar o Cisne Negro. O filme destaque-se pelo ótimo roteiro, excelente direção e interpretações memoráveis.