quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Pirados?

Ontem ao conversar com um amigo de longa data, percebi em seus relatos “uma certa” angustia (desespero mesmo), pois ao mencionar fatos corriqueiros, levianos até como relacionamento, trabalhos e família, assuntos mundanos que geralmente nos é motivo de chacota, hoje toma outros ares, mais sérios, surreais até, pois hoje a competição desenfreada por resultados exigida pelas expectativas da sociedade moderna, deixou de ser mundana, e se tornou nosso martírio.


Meu circulo de amizades tinha pessoas desapegadas a esta realidade, no entanto com o passar dos anos, acabaram-se todos se tornado escravo dela, tanto é que quando algo sai do controle, os mesmos alegam que o mundo conspira contra si, chegando ao ponto de evitar novos relacionamentos, com medo de que seja maléfica a sua rotina, paranóico não concordam?


Rotina, ah rotina, que nos prende a uma rede de compromissos, sejam eles de âmbito profissional ou pessoal, somos obrigados a seguir “protocolos” de comportamento, não seguir tais “protocolos” nos implicara em mais preocupações, pois pode gerar conflitos de interesses sejam eles de âmbito profissional, financeiro ou amoroso. Digo isto com experiência, pois meu comportamento adverso, já me proporcionou perdas profissionais e me distanciou de alguns relacionamentos, os mais conformistas chamariam isto de “uma rasteira da vida”, pode até ser, mas a responsabilidade do desvio da conduta é minha (eu acho), portanto devo arcar com suas conseqüências, assim deve disser o protocolo 01 da Sociedade Moderna.


Pressão no Trabalho
Este é o patamar atual do adulto moderno, temos que seguir a “cartilha social”, ou seja: buscar freneticamente o sucesso profissional, não importa os meios; seguir os “protocolos” sociais, por mais falso que os aparenta ser; seus valores são insignificantes, o importante mesmo é ter sucesso. Daí a questão inicial e quando temos dificuldade de atingir tal sucesso, ou pior, e quando não o atingimos, sentimo-nos inúteis, impotentes, e acabamos pirando. Sim piramos, pois mais perturbador que pareça, pois saímos do serio, nos perdemos, achamos culpados de nossas frustrações em “conspirações sociais”, ou seja achamos que todos estão contra nos, em resumo de certa forma piramos mesmo. Os distúrbios psicológicos, até hoje são vistos como “frescura”, ou demonstração de fraqueza, no entanto é um mal real e pode atingir qualquer um, veja por exemplo, o crescente numero de suicídios cometidos mundo afora, analise o perfil destas suicidas, geralmente provem de uma boa condição social. Hoje ao disser que todos sofrem de algum distúrbio psicológico é tão verdadeiro, quanto ao disser que um dia todos morreremos.


Ciente deste patamar passei a pesquisar sobre o distúrbio mais comum, a paranóia, e na pesquisa descobri, que como eu, todos em meu circulo de amizade demonstram traços paranóicos, abaixo segue um texto sobre este mal, leia e tire suas próprias conclusões e admita que você também é um paranóico.


Obs. No blog postarei apenas o tipo de paranóia mais comum “O distúrbio paranóide de personalidade” os demais tipos veja na pagina sobre psiquiatria, vide um link abaixo.


Fonte: http://www.psiquiatriageral.com.br/tema/paranoia.htm


Paranóia - A palavra


Paranóia é um termo utilizado por especialistas em saúde metal para descrever desconfiança ou suspeita altamente exagerada ou injustificada. A palavra é freqüentemente utilizada na conversação cotidiana, em geral em momentos de rancor e de forma incorreta. Simples desconfiança não é paranóia - especialmente se fundamentada em experiência passada ou em expectativas baseadas na experiência alheia.


A paranóia pode ser discreta e a pessoa afetada ser razoavelmente bem ajustada socialmente ou pode ser tão grave que o indivíduo se tora incapacitado. Às vezes o diagnóstico é difícil, já que muitos distúrbios psiquiátricos são acompanhados de alguma característica paranóide. As paranóias podem ser classificadas em três categorias principais: distúrbio paranóide de personalidade, distúrbio delirante paranóide e esquizofrenia paranóide.


Distúrbio Paranóide de Personalidade


Oswaldo trabalhava em um grande escritório como programador de computação. Quando outro programador foi promovido, Oswaldo achou que seu supervisor tinha raiva dele e que jamais reconheceria seu valor. Estava certo de estar sendo sutilmente menosprezado pelos colegas. Muitas vezes nos intervalos para o cafezinho, observando-os em pequenos grupos, imaginava que estivessem falando dele. Se visse um grupo de pessoas rindo, pensava que estivessem rindo dele. Passava tanto tempo remoendo tais idéias, que seu rendimento no trabalho caiu a ponto de seu supervisor alertá-lo de que precisaria melhorar seu desempenho para não receber uma avaliação insatisfatória. Esta atitude reforçou as suspeitas de Oswaldo, que decidiu procurar emprego em outra grande empresa. Após algumas semanas em seu novo serviço, começou a achar que os colegas de escritório não gostavam dele, excluindo-o de conversas, ridicularizando-o pelas costas e denegrindo seu trabalho. Oswaldo mudou de emprego seis vezes nos últimos sete anos. Ele sofre de distúrbio paranóide de personalidade.


Algumas pessoas tornam-se desconfiadas sem motivo, em tal grau que seus pensamentos paranóides destroem sua vida profissional e familiar. Diz-se que tais pessoas têm distúrbio paranóide de personalidade. Elas são:


Desconfiadas


A desconfiança permanente é um sinal inconfundível de paranóia. Pessoas com distúrbio paranóide de personalidade estão constantemente em guarda, por enxergarem o mundo como um lugar ameaçador. Tendem a confirmar suas expectativas, agarrando-se a mínimas evidências que confirmem suas suspeitas, e ignoram ou distorcem qualquer prova em contrário. Estão sempre alertas, procurando sinais de alguma ameaça.


Qualquer pessoa em uma situação nova — nos primeiros dias em um emprego ou iniciando um relacionamento, por exemplo — é cautelosa e de certa forma reservada, até sentir que seus temores são infundados. Pessoas com paranóia não conseguem abandonar seus temores. Continuam a esperar por armadilhas e duvidam da lealdade dos outros. No relacionamento pessoal ou no casamento, essa desconfiança pode apresentar-se sob a forma de ciúme patológico e infundado.


Hipersensíveis


Por estarem excessivamente alertas, as pessoas com distúrbio paranóide de personalidade percebem qualquer minúcia e podem ofender-se sem motivo. Em conseqüência, tendem a ser excessivamente defensivas e hostis. Quando cometem algum erro, não reconhecem a culpa, nem aceitam a mais leve crítica. Entretanto, são extremamente criticas em relação aos outros. Pode-se dizer que tais pessoas fazem “tempestade em copo d’água”.


Frias e Distantes


Além de serem polemistas e irredutíveis, as pessoas com distúrbio paranóide de personalidade têm dificuldade de manter vínculos afetivos. Parecem frias e evitam relacionamentos interpessoais. Orgulham-se de serem racionais e objetivas. Pessoas com uma perspectiva paranóide em relação à vida raramente procuram auxílio médico - não faz parte de sua natureza pedir ajuda. Profissionalmente podem atuar com competência. Pode procurar redutos sociais onde o estilo moralista e punitivo seja aceitável ou, até certo ponto, tolerável.

Um comentário:

  1. Olá Magrelo, interessante este artigo, eu adoro psicologia e analise de comportamento.
    Abraços.

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