sexta-feira, 16 de março de 2012

10 = Divindade e elegância


Impossível saber se é magia ou fé o que faz a camisa 10 tão diferente de todas as outras. Sim, porque hoje, ao nos depararmos com um time enfileirado ganhando o gramado, carregando nas costas, além da esperança de vitória, uma seqüência mágica de números, não somos capazes de enxergar o dono da camisa 10 como um jogador qualquer.
Maradona e Zico -  Os maiores após Pelé.

Já não é só a torcida que espreita a tal camisa 10. Cada jogador, no íntimo, sempre vai temer por um confronto ao cruzar em campo com um desses predestinados.
A camisa 10 é assim, divindade e elegância.
Mas com uma coisa, talvez, todos os devotos concordem: houve um momento em que a crença, a magia da camisa 10, se fez mais visível. Tarefa que coube a um menino, muito provavelmente obra também de um 'deus do futebol'. Pelé. Tudo começou com ele...
Talvez não saibam quem é Cristo, porém de Pelé já ouviram falar. Curiosidades a parte, há o curioso fato de que foi por acaso que Pelé começou a usar a camisa de número 10, fato ocorrido na Copa de 58, que por fruto da desorganização. Os dirigentes não enviaram a numeração da camisa dos jogadores e coube a FIFA escolher a camisa 10 para Pelé, reserva na ocasião, como se os deuses do futebol tivessem a intenção de imortalizá-la. E conseguiram, apesar da lógica que ´´Pelé tinha capacidade de tornar qualquer camisa mítica´´.
Rivelino e Pelé - os melhores jogadores da historia de Corinthians e Santos.
Desde então a camisa 10 representa para o torcedor o atleta extraordinário, aquele que resolve, que pensa o jogo, que o vive em sua plenitude. Na historia do esporte, há atletas que comprovam esta mística, os notórios Maradona, Zico e Zidane, que assim como Pele, mantiveram a mística desta camisa mundo a fora, não há como deixar citar nomes como os de Rivelino, Neto, Raí, Ademir da Guia, Hagi, Riquelme, Rivaldo, Roberto Baggio, Figo, entre muitos outros, que marcaram uma determinada época e clube, são idolatrados, no entanto não há aqueles que discordam que eles não justificam a mística da 10. (Assunto para muita discussão nos butecos, mundo a fora).
Como não mencionar os fora de serie que um acaso não usavam a 10, como esquecer Romário (11), Ronaldo Fenomeno (9), Bobby Charlton (14), Cruyff (14), Garrincha (7), Beckenbauer (5), Sócrates (8), entre outros que poderiam usar a 10 e aumentar ainda mais a mística da 10, seja jogando no meio de campo ou não.
Para o torcedor a mística existe até hoje, no entanto atleta para honrar tal mística, não há atualmente, na terra do futebol arte, só lampejos e ou promessas, os motivos até agora não se sabe, falta de estrutura nas categorias de base, ganância de empresários, a força física ser opção e a técnica ser deixada em segundo plano, entre outras conspirações futebolísticas, mas uma verdade pondera, o único “10” em atividade, é um argentino chamado LIONEL MESSI.

E agora Brasil?

Fontes:
A Magia da Camisa 10, de André Ribeiro e Vladir Lemos.

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